segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Logo ali

Me mudei (temporariamente, espero) para o blog "A Vertigem".

http://www.vertigem-avertigem.blogspot.com/

A temática do blog novo é outra (e qual era a desse aqui? O_0), mas espero que continuem acompanhando.

bjosmefollownotwitter ; )

eu provavelmente volto. xD

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crescendo normal

Esse post aleatório depois de tanto tempo vai especialmente para todas as crianças que me lêem (ou costumavam ler quando eu tinha a decência de postar uma vez por semana).
Se vocês conseguem achar algum sentido no que eu escrevo (ou costumava escrever), e continuam pedindo por mais, é porque vocês (sim, você aí que, na falta de coisa melhor pra fazer, vem pra cá ler essas tontices) foram bem criados por seus pais!
Ou não.É uma pena mesmo que seus pais não tenham visto esse anúncio antes... Agora é tarde. xD

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pensando bobagem, here and there

Ouvi parte de uma conversa hoje andando pelo shopping. (Sim, eu presto atenção na conversa alheia, me processe.)
Andando um pouco à minha frente, um garoto disse sério para o outro, da mesma idade (17, 18 anos talvez):
"....aí eu bati minha cabeça no teto do banheiro... foi horrível!"
E eu fiquei pensando com meus botões de onde raios aquilo havia saído. Qual poderia ser o contexto peculiar daquela frase? Eles se afastaram rapidamente e eu fiquei a mercê da minha própria imaginação por alguns minutos. E claro, estaria mentindo se dissesse que cenas de caráter duvidoso não cruzaram minha mente.
Estranho como a vida das outras pessoas parece sempre mais interessante que a nossa. Mais emocionante.
Eu não desejo bater minha cabeça no teto de banheiro algum, que fique claro. Mas estar em uma situação em que haja o risco de bater a cabeça no teto do banheiro, bem... parece bastante tentador.
E eu admiro aqueles que não têm essa necessidade de obter sensações desagradáveis. São pessoas realizadas, mesmo que não percebam isso. Já eu (e tantos outros perdidos e atormentados pela vontade secreta de não ser feliz), preciso do teto do banheiro, preciso ao menos saber que ele está ali.

domingo, 30 de maio de 2010

Odd pleasures

Depois de muito tempo de ócio (criativo e não-criativo), resolvi voltar ao blog, pra ver se ainda sou capaz de escrever mais que duas linhas coerentes sobre minha patética vida (única coisa requisitada no Twitter..... ou não.)

Eu realmente acredito que quanto mais eu twitto, menos eu penso. E isso me preocupa. Por essa razão ( e porque minha amiga Meiry me disse que já ta de saco cheio de vir aqui e não ver atualização nos posts), resolvi deliciá-los, meu adoráveis e i-n-u-m-e-r-á-v-e-i-s leitores, com minhas infindáveis palavras de sabedoria.

Tá. Parei.

O que eu queria mesmo dizer (e sempre perco o foco) é que hoje fui a um evento de anime aqui na cidade vizinha e fiquei pensando em como o pessoal que frequenta esse tipo de convenção é absurdamente fetichista. Sim, o pessoal que frequenta esse tipo de lugar, *tosse* não eu *tosse*.

A começar pela volúpia absurda causada pelas famosas orelhinhas de gato utilizadas com frequencia pelos transeuntes. Orelhas de gato, caudas, coleiras... fantasias e visual exagerado... é praticamente um evento sadomaso light.

Não que isso seja ruim. De forma alguma.

Só estou comentando que é interessante observar esse tipo de comportamento porque, convenhamos, todo comportamento fora dos padrões é como um acidente de carro na rodovia: VOCÊ SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUE DESVIAR O OLHAR.

Além de ser simplesmente maravilhoso que outras chamadas "tribos urbanas" costumem frequentar esse tipo de evento apenas por se considerarem aceitas naquele meio de "gente doida", como diz minha mãe. É como se as convenções sociais não se aplicassem ali, e assim vários grupos de pessoas não-aceitas pudessem partilhar um mesmo espaço de liberdade.

E é interessante como esse tipo de prazer é visível na expressão das pessoas que extravasam através do visual. É como um alívio por estar entre seus iguais. Ou talvez um alívio por poder colocar pra fora o estranho ser que habita no interior de cada um de nós. Aquele monstrinho que precisa sair, ou acaba nos sufocando.



Será que faço mal em alimentar meu monstrinho com mais frequencia que a maioria das pessoas?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Momento Tenso 0.O

Por motivos de força maior, fui à missa na semana passada. Geralmente eu apenas me sento em um banco mais afastado e deixo minha mente viajar sem restrições enquanto o padre fala sobre coisas que eu tenho certeza que já ouvi antes. Penso sobre música, diálogos imaginários e cenas para histórias que eu gostaria de escrever. Me levanto quando os outros se levantam, finjo cantar algum hino religioso e mantenho a cara de paisagem característica de 99% das pessoas que frequentam a igreja.
Eu acredito no poder superior, sim. Só não acho que preciso estar naquele lugar específico para ser ouvida (ou ignorada). De qualquer forma, não é esse o ponto do post.
O ponto é: antes da celebração começar, fui ao banheiro, e para tal, tive que cruzar uma das salas de catequese da paróquia.
Que as divindades asiáticas me acudam!! Foi o deja vù mais obscuro e pavoroso que eu tive em anos!
Eu sempre DE-TES-TEI ir às aulas de catequese! Era o pior martírio que poderiam me impor, me obrigar a passar duas horas semanais dentro daquela salinha, rezando terços e discutindo com outros pré-adolescentes sobre a importância de se ir à missa e participar de TODOS os eventos relacionados à igreja, além de reafirmar a supremacia do catolicismo (ainda que de forma implícita).
Fui caminhando entre as carterias vazias e pensando sobre a ENORME quantia de culpa que os catequistas nos faziam sentir naquela época. E, obviamente, um pequeno episódio me voltou a mente. A fatídica primeira vez em que ouvi a palavra "masturbação". Obviamente eu já sabia o que era, mas nunca havia ouvido alguém "nomear" o ato. Era uma "aula" dedicada à educação sexual, ou algo que o valha... anyway, alguém perguntou o que a palavra significava e a catequista, depois de uma explicação esdrúxula, nos apontou ca-te-go-ri-ca-men-te que aquilo era pecado! PECADO!! e portanto, queimaríamos no fogo do inferno se praticássemos tal ação.(ok, ela não disse com essas extas palavras, mas foi perto o bastante)
Agora visualizemos a cara desses pré-adolescentes, 12,13 anos, ao ouvir tal coisa..
*pausa para visualização*
Culpa.
Culpa estampada nas testas de cada um *inclusive na minha*. Aquele foi com certeza um dos momentos mais tensos da minha juventude. Ah o impacto de se descobrir um pecador...
E eu revivi toda a cena e toda a "sensação" naqueles breves segundos em que cruzava a pequena sala em direção ao banheiro.
Silêncio total na classe.
Acho que o menino Jesus chorou naquela noite. xD

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ouvindo pop-rock e me odiando por isso

Alguém por favor diga para meus hormônios adolescentes que eu já não sou mais uma adolescente?

E alguém por favor me diga se é possível ter uma crise de meia-idade aos 22?

Que há mais que uma boa razão para eu não usar mais lacinhos cor-de-rosa na cabeça nem vibrar feito uma tiete diante de um guitarrista atraente de talento duvidoso?

Que já não devo mais assistir desenhos nem me fantasiar de meu personagem favorito pelo puro prazer de adentrar um mundo de ficção e beleza?

Que não devo ansiar pelo ócio e pela música, como se fossem as coisas mais interessantes do mundo?

Que a individualidade é uma ilusão?

Alguém por favor me diga... que eu não devo mais me importar... com tudo aquilo que eu amo?

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Algumas palavras de sabedoria (ou não.)

... antes que o ano termine:

Eu mal vi esse ano passar. Sério. Foi um ano relativamente tranqüilo (com exceção do último mês) e não posso dizer que será memorável nem nada do tipo. Não tive epifanias nem choques muito bruscos que me fizeram repensar a vida ou refletir sobre inutilidades existenciais. Ok, em um momento ou outro, confesso que senti a amargura da rejeição e falta de confiança que, por vezes, me ronda a mente. Mas nada que diferenciasse esse de qualquer ano anterior.
E como em todos os outros anos, eu não deixei de observar as pessoas à minha volta. Suas ações e seu comportamento. Não, eu não faço isso para julgá-las, porque se me propusesse a tal, teria que julgar a mim mesma, e não me sinto apta nem disposta a nenhuma dessas tarefas. Eu gosto de observar as pessoas pela capacidade que elas têm de se mostrarem tão fascinantes e surpreendentes (para o bem e para o mal). E principalmente, gosto de observá-las pra me encontrar nelas, em suas idéias e opiniões, suas revoltas e suas paixões, e em sua futilidade e ignorância. E tentar fazer algo a respeito.
Não gosto de pensar que me defino pelo que os outros pensam de mim, mas pelo que eu espero deles, observando as características boas e más de cada um e tentando incorporá-las ou rejeitá-las em minhas próprias atitudes. Em geral meus colegas e amigos me constituem mais, porque essas são as pessoas a quem me atenho mais tempo observando.
Observo, por exemplo, os que são simplesmente maníacos por análise, completamente incapazes de discutir uma cor de esmalte em toda sua frivolidade. E aprendo com eles. Aprendo também com os meus colegas insatisfeitos e reclamões, e os admiro por sua capacidade de adaptação mesmo conscientes (extremamente conscientes) da insignificância da aprovação alheia. Percebo amigos meus aceitando quietos suas obrigações, mas também os vejo lutando quietos por seus objetivos pessoais, sem alarde. E os respeito muito por isso. Observo os que são capazes de encontrar alegria e satisfação plenas em pequenos prazeres culposos. E os felicito. Os que mentem bem. Os que mentem mal. Os ausentes e fiéis. Os presentes e preconceituosos. Os virtuais, em toda sua magnitude e mistério, compartilhando seus conhecimentos e impressões sobre tudo e sobre nada.
Observo porque assim convivo melhor. Com cada um levando consigo uma parte de mim, enquanto eu levo comigo uma parte deles, mesmo que incoscientemente, mesmo que conformada. Cada um sendo exatamente quem é. O que nem sempre me agrada. Cada um me fazendo questionar o bom e o ruim a cada dia. Mudando minha concepção de belo e desprezível, de certo e de errado. A cada ano.

Feliz 2010 a vocês.