quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Would you like me to stare?

Estava fazendo uma pesquisa aqui na net esses dias (pesquisa séria sobre coisas chatas e úteis para meu auto-aperfeiçoamento) quando, por alguma razão obscura, me encontrei diante de um artigo sobre Voyeurismo no site do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática. Tá que minha pesquisa inicial era sobre as diferentes estruturas das cartas formais em inglês e você se pergunta: Comofas?? O.o Como fui parar nesse artigo? Não tenho idéia.
Enfim, lá estava eu olhando pro artigo....leio, não leio, leio, não leio, oh dúvida cruel que me assola a alma.........daí virei e falei: ah, já tô aqui mesmo, né..... e mandei ver (ok, péssima escolha de palavras). A questão discutida era se o Voyeurismo deveria ser considerado normal ou uma patologia sexual. O texto trazia uma explicação sobre o que seria de fato esse ato (espionar pessoas estranhas em situações privadas sem o consentimento das mesmas) e como ele se encaixava na categoria de parafilia, ou seja, das práticas que não se enquadram no socialmente aceito como "normal" e sem as quais não se consegue sentir prazer. Se considerado e analisado dentro dessa definição, o voyeurismo seria, portanto, uma doença, ou melhor dizendo, um "desvio" sociológico.
Beleza. Li isso aí e pensei: TAMU TUDO FUDIDO ENTÃO! Porque, mano, segue minha linha de raciocínio. Você tá aí sentado confortavelmente na sua cadeira, just one click away do submundo sórdido da vida alheia....... e meo, tú tá aproveitando cada minuto!! Tá, que eu sei!! Se interando sobre a crise econômica mundial enquanto olha as fotos do seu vizinho da viagem que ele fez com a família pra Jijoca de Jericoara, no Ceará, através de um certo site de relacionamentos. Nós somos todos voyeurs! Somos todos "desviados"! Ou você conhece algum monge tibetano que tenha Orkut e não use?
Eu tenho pra mim que a única patologia humana é a falta de patologia! Me mostra alguém totalmente desprovido da necessidade de observar as ações do outro e aí sim eu acredito que esse sujeito é doente! Do contrário, não consigo enxergar o problema, doutor.
Ou melhor, eu consigo. O problema surge quando a necessidade de espiar o outro atinge um grau tão absurdamente patético que o cidadão fica excitado assistindo um bando de gente feia e burra fazendo nada dentro de uma casa por meses. Isso eu admito que não entendo. Mas.... isso é TV. E TV é uma coisa que eu me recuso a analisar.

Exemplo clássico de Voyeurismo: Mulher observando dois atores da Ópera de Pequim em uma alcova. Ok....tá aí algo que eu me vejo fazendo! XDD

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sobre Deus e Manicômios.....XD

Então né..... eu tenho alguns "japanese gods" na minha lista de deuses supremos do universo que, bem, são os principais culpados pelo meu ateísmo de vitrine. É....porque ninguém é ateu de verdade, essa é minha teoria. Se você tem medo (e todo mundo tem medo), se você tem ódio (e todo mundo tem ódio), se você amaldiçoa alguém ou alguma fumaça estranha que paira sobre nossas cabeças pelas coisas que simplesmente fodem sua vida (e todo mundo faz isso), você, meu amigo, acredita em Deus. Pode não chamá-lo de Deus, mas mano, você acredita nele. E algumas pessoas precisam vê-lo, precisam senti-lo, precisam passar a mão na bunda dele(s) pra aumentar a própria fé. E é aí que você me encontra. Oi. Os "japanese gods" me alucinam, me afligem, me causam desespero e hemorragia nasal. E eles são só pessoas! Imagina se eu me deparo com uma divindade mesmo.....uia! Sou capaz de amarrá-la no pé da minha cama e nunca mais soltar! Tal é minha necessidade por perguntas e, conseqüentemente, respostas. Quem sou eu?? De onde vim?? Responda agora ou eu te bato com um chicote! XD
Mas, cof, deixando de lado a SMBD por um instante....estou escrevendo isso tudo apenas para explicar por que de vez em quando aparecem umas fotos estranhas por aqui....XD

Tipo essa:

Ou essa:

Ou meu "japanese god" mais cool ever:

Por quê? Porque todos precisam acreditar! Quem sabe você surta um dia e começa a achar que seus sonhos servem pra alguma coisa? E que você, estranhamente, não precisa ser igual dentro do diferente, nem vice-versa.
Just believe, my friend, you gotta believe..... já diziam os sábios profetas da Disney.
Caso encerrado.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Taboo

Ok. Sabe quando você assiste a um filme que te deixa completamente frustrado? Tanto que, por um breve momento, você vislumbra a realidade das coisas nesse mundo, e isso dói pra caramba?? Eu abri os olhos essa manhã com um pensamento fixo: preciso falar sobre Gohatto. EU PRECISO. Preciso colocar pra fora meu desespero e minha dor. *red alert* *red alert* Jaques vai começar a exagerar de novo.
Oras.... a essa altura do campeonato, já deveriam saber: eu nunca exagero, eu só me envolvo de mais. E esse é um filme que merece todo o envolvimento possível, pois transforma as pessoas.

Gohatto ("Taboo"), filme de 1999, dirigido por Nagisa Oshima, conta a história de Sozaburo Kano, um jovem que integra a milícia dos samurais ao final do período Shogun no Japão, período esse que já se encontrava enfraquecido pelas forças reformistas. Apesar de apresentar grande habilidade como espadachim, o que revela de fato seu poder diante dos demais samurais é sua incomparável beleza, que causa grande tensão entre os integrantes do grupo Shinsengumi, do qual faz parte.
Kano controverte todo o código honra samurai ao representar um personagem extremamente sensual e feminino na posição de um guerreiro capaz de enfraquecer e, até certo ponto, controlar os homens à sua volta. Ryuhei Matsuda fez um ótimo trabalho encarnando esse personagem tão frio e misterioso. As expressões em seu rosto se assemelham por vezes às de uma gueixa entediada, o que o torna ainda mais atraente aos olhos de seus companheiros.
Esse é um filme passível de várias interpretações, tanto do ponto de vista histórico (que poderia considerar Kano como um espião mandado para desintegrar a milícia), quanto do ponto de vista cultural (e aí entraria de fato o tabu, uma vez que estaria expondo a fragilidade da milícia samurai - maior exemplo de instituição japonesa - diante da beleza de um jovem), o que me leva a apontar um pequeno defeito com relação a sua estrutura. Há uma espécie de narração no estilo cinema-mudo nos primeiros 45 minutos do filme e depois essa narração..... some. O.o Weird. Outro problema foram as dicas sobre o enredo apresentadas nessas narrações, o que acaba direcionando a visão do telespectador, impedindo-o de fazer uma consideração mais ampla dos fatos. Isso dito, let's move on.
A gentchi sabemus que normalmente filmes asiáticos são bastante....sutis. Não espere que o enredo seja mastigado e cuspido na sua cara, porque ele não será. Na verdade, as explicações da narração me preocuparam exatamente por isso. Não se explica em palavras as ações de um filme como Gohatto. Penso que é bem mais uma questão de sentir, ou de analisar as expressões enigmáticas de cada personagem, aí está a verdadeira beleza do filme: o impenetrável. Da mesma forma, a combinação "frieza, crueldade e beleza" de Kano fez com que....bem.... eu não conseguisse desviar os olhos nem por um segundo.
Estão também presentes no elenco o fodástico Takeshi Kitano ("Zatoichi", "Brother"), como o vice-comandante Hijikata Toshizo, o ótimo Tadanobu Asano, como Hyozo Tashiro, o suposto amante de Kano (aqui devo admitir que não há imparcialidade, mim ser ta-ra-da por esse ator (Asano) desde que o vi também em Zatoichi, então pode ser que ele seja mesmo ótimo, ou pode ser que eu esteja cega pela paixão. XD) e Shinji Takeda, como o capitão Okita Soji , cujo trabalho eu não conhecia, mas que me impressionou consideravelmente.
E o final......ai. Simplesmente perturbador. A sensação de frustração segue o telespectador durante todo o filme, mas o final é a gota d'água. Foi o que mais me marcou, por explicitar tão dolorosamente a tragédia humana, a impossibilidade de união entre amor e poder. Metáforas visuais me enlouquecem de vez em quando, mas essa.....acredito que tenha causado o impacto desejado. Belíssimo. Tanto que inpirou Tarantino na cena do duelo entre a Noiva e O-ren Ishii, em Kill Bill Vol.1, mas essa é outra história.
Nossa....ainda tenho milhares de coisas a dizer sobre esse filme e o texto já está gigante! *chora* Então, pra finalizar (odeio isso), um ponto curioso: o filme foi baseado na novela histórica de Ryotaro Shiba, um dos historiadores mais famosos do Japão, assim, há quem diga que Sozaburo Kano realmente existiu.
Fica a sugestão... não, fica a EXIGÊNCIA. Gohatto é um dos poucos filmes que me fizeram odiá-lo com toda a alma, para logo em seguida amá-lo. É o tipo de sensibilidade que falta no cinema hoje.

Poster Americano


Poster Japonês

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Momento "Freud explica..."



Olha, mãe!! O Mickey!!^^


Artista: Michael Hussar


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Momento Angeli O.o

Duas coisas que eu odeio........................ e uma que eu adoro. ;)

EU ODEIO falar ao telefone!
Sinto como se minha alma deixasse meu corpo temporariamente. É sinistro, meu amigo..... é perturbador. Se um dia você passar pela traumatizante situação de falar comigo pelo telefone, be prepared:
ehn...ahn....ohnn.....o quê? ahn? hein? porque.....é....então....e no fim das contas, eu não tenho idéia do que disse, muito menos do que a outra pessoa me falou!
Um conselho, caso se depare com essa temível circunstância:
- Alô? Oi, é a Jaqueline!
>>> CORRA PARA AS MONTANHAS!!!!

EU ODEIO condescendência do tipo "sweet honey"
Vamos elucidar:
Você faz uma cagada, seja no trabalho, na faculdade ou em casa..... beleza....é a vida.... não vamos nos martirizar por isso... mas então a pessoa que deveria guiar você para o caminho da luz vai e fala:

PESSOA: Nãooooo, benzinhoooooo, não é assimmmmmm......deixa que eu te explicoooo.... não é assim não, queridaaaaa....olha, pode deixar que eu vou te mostrar como faz, tá? *risinhos*

JAQUES: *DIE, MOTHERFUCKER, DIE*

EU ADORO moda de viola.
"ÍÍÍndiaaaaa, sangueeee tupiiiiii......Tens o cheiroooooo da flor.....Vem que eu quero lhe daaaaar....toooodoooo meu graaaaaaande amor......"
Daí a Jaqueline chora. E canta junto. E finge que tá tocando. Mas, é claro, só com a versão do Cascatinha e Inhana.
Lembro de ouvir meu vô cantando essa música em particular......e era uma sensação boa. Claro que a diferença entre nós era que... ele tinha boa voz. XD