Dia desses estava eu aqui em frente ao PC quando ouvi alguém bater palmas lá fora. Fui atender. Eram aquelas pessoas (geralmente, quase sempre, mulheres) que, geralmente, quase sempre, pertencem a alguma religião que encoraja (ou talvez obriga, sei lá) a propagação da Palavra de porta em porta. Eu , que desde a adolescência ainda insisto, na minha imaturidade, em culpar Deus pelas coisas ruins da minha vida, sinto, por vezes, uma vontade louca de mandar essa gente para o quinto dos infernos. Mas não naquele dia. Naquele dia eu estava bem e talvez por isso não tenha conseguido sentir raiva delas. Eram duas moças, a mais velha pediu alguns minutos do meu tempo, cedi. E foi bom ouvir por alguns momentos alguém que realmente crê em um futuro de Revelações. Ela me deixou um folheto que não vou ler. E palavras que não seguirei. Mas têm boa intenção, coisa que me falta. Me desejaram um bom dia e se foram. E eu escrevo sobre isso, não sei por quê. Talvez eu ainda acredite, bem lá no fundo, que Ele se importa. Que há uma razão para todo o sofrimento humano. E eu não quero (eu não posso) perder isso.... não agora.
Uma dúvida terrena: será que no PC de Deus o Windows trava menos?