Mulher é mesmo uma raça desgraçada. Sempre desejei ter nascido homem, assim eu poderia virar uma drag queen fa-bu-lo-sa e arrasar com a parte boa dos dois lados! Tantas coisas me irritam sobre elas ...a dissimulação, os ataques histéricos e a mania de complicar o simples. Massss......eu cresci entre muitas mulheres. Estive cercada por elas minha vida toda. Mulheres de várias idades que tiveram grande influência na minha personalidade e na forma como eu lido com as coisas hoje.
Presenciei, às vezes surpresa, às vezes com pesar, a ingenuidade de algumas se esvaindo lentamente, enquanto outras amadureciam diante dos meus olhos, pra melhor ou pra pior. Fui testemunha do sofrimento de grandes mulheres, algumas queridas, outras nem tanto. Mas todas dignas de reconhecimento por sua coragem. Por seguirem em frente quando absolutamente nada as motivava, a não ser o senso de responsabilidade e a estranha consciência de que .... alguém tem que fazer o trabalho sujo. E isso nem sempre me trouxe experiências boas (nem me influenciou de maneira positiva).
Mas foram sempre mulheres que me consolaram, que presenciaram meus momentos de maior fraqueza, que me disseram coisas belas quando, no meu egocentrismo, achava que ninguém mais se importava. Foram SEMPRE mulheres que me confortaram (ou tentaram me confortar) quando eu perdia a razão, e elas realmente sabiam como fazê-lo. Também foram mulheres que me disseram: Você não é mais criança, as coisas são diferentes agora. Não espere muito das pessoas. E, principalmente, coloque nessa sua cabecinha que você não é o umbigo do mundo.
Por isso eu aturo as mulheres. Elas são as melhores quando o assunto é te dar um tapa na cara e dizer: Acorda pra vida! O tapa dói pra caramba, mas elas não ligam, algumas delas, pelo menos, estarão mais que dispostas a machucar feio se for pra fazer com que você se mova. Qualquer um poderia fazer isso, claro, independente do sexo. Mas pra mim, foram sempre elas....me mostrando caminhos bons e ruins e tentando me convencer de algo. O engraçado é que não me vejo como uma delas, nem como o oposto delas. Por isso gosto de pensar que sou indefinida e que vejo nas mulheres, ao mesmo tempo, tudo o que eu quero e o que eu não quero ser.