domingo, 30 de maio de 2010

Odd pleasures

Depois de muito tempo de ócio (criativo e não-criativo), resolvi voltar ao blog, pra ver se ainda sou capaz de escrever mais que duas linhas coerentes sobre minha patética vida (única coisa requisitada no Twitter..... ou não.)

Eu realmente acredito que quanto mais eu twitto, menos eu penso. E isso me preocupa. Por essa razão ( e porque minha amiga Meiry me disse que já ta de saco cheio de vir aqui e não ver atualização nos posts), resolvi deliciá-los, meu adoráveis e i-n-u-m-e-r-á-v-e-i-s leitores, com minhas infindáveis palavras de sabedoria.

Tá. Parei.

O que eu queria mesmo dizer (e sempre perco o foco) é que hoje fui a um evento de anime aqui na cidade vizinha e fiquei pensando em como o pessoal que frequenta esse tipo de convenção é absurdamente fetichista. Sim, o pessoal que frequenta esse tipo de lugar, *tosse* não eu *tosse*.

A começar pela volúpia absurda causada pelas famosas orelhinhas de gato utilizadas com frequencia pelos transeuntes. Orelhas de gato, caudas, coleiras... fantasias e visual exagerado... é praticamente um evento sadomaso light.

Não que isso seja ruim. De forma alguma.

Só estou comentando que é interessante observar esse tipo de comportamento porque, convenhamos, todo comportamento fora dos padrões é como um acidente de carro na rodovia: VOCÊ SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUE DESVIAR O OLHAR.

Além de ser simplesmente maravilhoso que outras chamadas "tribos urbanas" costumem frequentar esse tipo de evento apenas por se considerarem aceitas naquele meio de "gente doida", como diz minha mãe. É como se as convenções sociais não se aplicassem ali, e assim vários grupos de pessoas não-aceitas pudessem partilhar um mesmo espaço de liberdade.

E é interessante como esse tipo de prazer é visível na expressão das pessoas que extravasam através do visual. É como um alívio por estar entre seus iguais. Ou talvez um alívio por poder colocar pra fora o estranho ser que habita no interior de cada um de nós. Aquele monstrinho que precisa sair, ou acaba nos sufocando.



Será que faço mal em alimentar meu monstrinho com mais frequencia que a maioria das pessoas?

Um comentário:

Unknown disse...

finalmente.ahahha....não tem mal algum minha flor de maracujá...tem q sentir orgulho de não ter vergonha de ser diferente ...ahhauha