segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dia da Toalha! XDD

E deixando de lado meu ataque emo "ninguém-me-ama-ninguém-me-quer-e-o-mundo-é-injusto-SÓ-comigo" por alguns minutos... :

FELIZ 25 DE MAIO - DIA *UNIVERSAL* DA TOALHA!!



BOM FERIADO AOS TERRÁQUEOS E...ah não...vocês vão ter que trabalhar, né...¬¬

Anyway....XD.....

“A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. (...)Você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; E naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.
Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc., etc.
Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.”
Douglas Adams

Por essa razão, hoje é um dia importantíssimo para todos os mochileiros de plantão! Não deixe a Terra sem seu Guia e muito menos sem sua toalha!! E NADA DE PÂNICO!

Agarre seu guia:
Sua toalha:

E VOILÀ !! 42, MEU AMIGO! AND HAVE A HAPPY TOWEL DAY!

"That's all I have to say about that"

Acho que "Forrest Gump - o contador de histórias" é um dos filmes mais lindos que eu já assisti em toda a minha vida. Já vi esse filme umas 5 vezes e nunca me canso da "estranha" sensação de pureza que ele me transmite. Lembro que precisei de muito tempo pra compreender as referências à história norte-americana presentes no enredo, mas hoje vejo que elas não eram assim tão importantes para a mensagem central. Que importam os grandes acontecimentos históricos quando o conflito interior é o mesmo independente de onde você esteja? Que as dúvidas, que as tristezas ou que a total falta de noção a repeito do mundo à sua volta não fazem diferença pra absolutamente ninguém a não ser pra você mesmo?
Antes eu tinha muito medo de soar como um livro de ajuda analisando um filme por esse ponto de vista (tão sentimentalóide, não é?), mas hoje o que eu tenho mais medo é de deixar esse tipo de coisa passar batido. Eu não quero que nada passe batido na minha vida. Eu quero mesmo filosofar em cima do que eu sinto quando vejo algo tão belo como esse filme. Nem que seja filosofia barata de rodoviária (principalmente porque eu acho que grande parte dos clichês é verdadeira).
Eu quero olhar o mundo com os olhos de Forrest Gump e quem saber ter, como ele, uma noção mais clara das coisas importantes, um foco (Deus sabe como eu preciso de um foco nesse momento), pra ser então capaz de deixar todo o resto de lado. TODO o resto insignificante. Porque eu estou cansada demais de dar tanta importância pra isso. De correr atrás de aprovação o tempo todo, mesmo sem perceber.

Eu estou cansada de correr....eu só quero ir pra casa.




Lieutenant Daniel Taylor: Have you found Jesus yet, Gump?

Forrest Gump: I didn't know I was supposed to be looking for him, sir.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O primeiro passo para a cura....

....é admitir.

Fatos vergonhosos sobre minha pessoa:

> Eu me acabo de dar risada assistindo os filmes do Austin Powers! *sério...de gargalhar... -> fã do Dr. Evil, oi*


"All right...the Time Machine..."


> Eu odeio comédia romântica, mas amo o filme "A agenda secreta do meu namorado" *tosse... já assisti quatro vezes... tosse*


"I believe we write our own stories and each time we think we know the end... we don't." eu acho legal, ta? ¬¬


> Quando tinha 17 anos, passei um mês usando preto e escrevendo poemas depressivos, porque acreditava que era gótica. *só então eu aprendi a passar lápis no olho - um aspecto positivo... eu acho.*


"É nesse universo sombrio e na obscuridade da minha alma que eu percebo como os corações lúgubres e a paisagem tétrica e tenebrosa me assolam o espírito..." *sim, é uma menina emo ali*


> Eu dublei Sandy e Junior num Festival de Escola (com direito a sainha de prega xadrez e cabelo frizado) e ganhei um troféu por isso. *ok, kill me*


"Filme tristeeee...que me fez choraaaarrr..."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Paixão indie

Eu realmente pensei que minha fase indie rock já tinha acabado. Ainda que eu não me canse (NUNCA!) de ouvir Alex Kapranos, do Franz Ferdinand, me chamando pelo nome e dizendo que é melhor só trabalhar quando se precisa do dinheiro*, eu já não ligo muito mais pras outras bandas "underground de vitrine from uk" que aparecem de tempos em tempos com "hit wonders". É pra mostrar que você nunca gostou de verdade, eu acho.
Porque se eu escuto Nirvana, ou mesmo Linkin Park (Deus me perdoe pela blasfêmia!!) depois de tanto tempo, ainda mexe comigo. E gosto é gosto... o que se pode fazer? O melhor é aceitar e admitir...XD
Assistindo a um programa do Multishow semana passada eu ouvi a cantora norueguesa Ida Maria, mais recente sucesso do cenário indie, e me apaixonei. Sabe quando você ouve um pedacinho da música e já sente algo de especial? Adoro quando isso acontece! Mas como eu bem disse, é paixão... ou seja, a possibilidade de ser algo passageiro é bem grande. Daqui a uns meses posso nem me lembrar mais...Só que agora, exatamente agora, não consigo parar de ouvir...

"Stella, Stella, eu quero te dar o mundo...se você apenas ficar comigo essa noite....
Stella, Stella, eu quero te dar o mundo, se você apenas me abraçar bem forte...
e isso me fez perceber...o quanto você quer sacrificar...só pra se sentir amado...
E o Senhor piscou pra mim e perguntou:
O que é amor verdadeiro pra você? O que é falso e o que é verdadeiro?"



Infelizmente, eu não sei dizer....quem me dera ter Stella aqui pra me fazer sentir melhor...


*"Jacqueline" - Franz Ferdinand

sábado, 2 de maio de 2009

Dreaming of goodness and evilness....

Sempre achei incrível a forma como os bons autores são capazes de continuar falando das coisas que nos afligem a mente e o coração, mesmo que quase um século se passe, às vezes muito mais. Incrível como eles ainda falam a nós, não importa a que época pertençamos. Falam diretamente a nós, sobre nossas dores e dúvidas tão singulares. Eu sorrio feliz quando encontro um poema, ou romance ou um conto capaz de agir sobre mim dessa maneira. E percebi que D.H. Lawrence é um autor que conversa comigo, zomba de mim e me explica o que está havendo. O que diabos está havendo nessa minha cabecinha. (Quem me conhece bem, sabe exatamente do que estou falando).
Mas mesmo quem não sabe, não importa. Porque esse poema é para todos. Para cada um que lê esse blog (sim, é especialmente pra você! XD), mas também para aqueles que nunca o lerão. Ele fala de nós, mesmo que nos recusemos a aceitar. O que interessa, crianças, é que chegou a hora da verdade. We're grown ups now. XD Então que tipo de pessoa você deseja ser daqui pra frente? O tipo que busca satisfação em lugares inusitados, mas enriquecedores? Ou, bem.... o tipo que ouve algo como Mallu Magalhães e se força a gostar daquilo?
Porque, afinal, eu gosto de acreditar que, sim, a inocência está perdida pra sempre, mas não o bom senso.


A indecência pode ser saudável

A indecência pode ser normal, saudável;
na verdade, um pouco de indecência é necessário em toda vida
para a manter normal, saudável.

E um pouco de putaria pode ser normal, saudável.
Na verdade, um pouco de putaria é necessário em toda vida
para a manter normal, saudável.

Mesmo a sodomia pode ser normal, saudável,
desde que haja troca de sentimento verdadeiro.

Mas se alguma delas for para o cérebro, aí se torna perniciosa:
a indecência no cérebro se torna obscena, viciosa,
a putaria no cérebro se torna sifilítica
e a sodomia no cérebro se torna uma missão,
tudo, vício, missão, insanamente mórbido.

Do mesmo modo, a castidade na hora própria é normal e bonita.
Mas a castidade no cérebro é vício, perversão.
E a rígida supressão de toda e qualquer indecência, putaria e relações assim
leva direto a furiosa insanidade.
E a quinta geração de puritanos, se não for obscenamente depravada,
é idiota. Por isso, você tem de escolher.

D.H. Lawrence (1885-1930)